Glaucoma é uma doença progressiva e irreversível que afeta o nervo óptico. Ela não apresenta sintomas em sua fase inicial e só pode ser diagnosticada em consulta médica.
É hora de entender mais sobre essa doença, suas causas, consequências e é claro, a melhor forma de prevenir.
O que é glaucoma?
Em essência, o glaucoma é causado por um aumento da pressão intraocular. Esse aumento danifica o nervo óptico, que é a estrutura que liga o olho ao cérebro occipital. É o caminho que as imagens fazem para chegar da retina, onde são capturadas, até o cérebro, onde são processadas.
O glaucoma é uma doença grave que surge na sequência do aumento da pressão intraocular. A perda de visão é consequência da destruição das células ganglionares (nervo óptico), uma estrutura que liga o olho ao cérebro occipital e responsáveis pela condução das imagens da retina até ao cérebro.
Em uma analogia, o nervo óptico pode ser comparado a um cabo elétrico formado por inúmeros fiozinhos menores que formam um canal que conduz as imagens até o cérebro. Nas pessoas com glaucoma, esses fiozinhos vão se atrofiando, o que torna o caminho cada vez mais difícil.
Em uma pessoa com a visão saudável, a pressão ocular deve se manter perto de 15 mmHg, embora possa oscilar entre os 10 e 22 mmHg, que são os valores limite.
A causa do glaucoma é sempre o aumento da pressão ocular, já o que pode desencadear a doença são os chamados fatores de risco:
– Hereditariedade
– Diabetes
– Traumas oculares
– Idade superior a 35 anos ou mais
Quais são os principais sintomas de glaucoma?
Por ser uma doença silenciosa, o glaucoma não apresenta sintomas em sua fase inicial. Os primeiros sinais costumam aparecer quando ele já está em fase avançada. São eles:
- O mais comum são as manchas escuras no campo visual periférico, tecnicamente chamadas de escotomas.
- Olhos vermelhos
- Olhos lacrimejantes
- Fotofobia (sensibilidade à luz)
- Dor nos olhos
- Dores de cabeça
Como diagnosticar um glaucoma?
Através de um exame chamado Tomografia de Coerência Óptica (OCT de glaucoma).
O OCT de glaucoma é um exame rápido e indolor, realizado em consultórios de oftalmologia. Esse exame serve para avaliar o diagnóstico e também para acompanhamento de glaucoma. Consiste em uma sequência de exames para análise do nervo óptico e camada de células ganglionares da mácula.
Acompanhamento através do OCT de glaucoma:
O exame pode realizar uma comparação entre os exames anteriores para detectar de maneira mais precisa qualquer alteração na quantidade de fibras nervosas do nervo óptico.
A análise macular de células ganglionares também ajuda a detectar alterações antes mesmo de aparecerem no campo visual.
Onde realizar o exame
O local mais apropriado para realizar o exame é uma clínica oftalmológica especializada em glaucoma, como a Clínica de Olhos Erechim.
Quais são as consequências do glaucoma?
Provavelmente você já deve ter se perguntado: Quem tem glaucoma pode ficar cego? E a resposta é sim, a cegueira é uma possibilidade nos casos mais graves da doença.
Para evitar que a condição chegue a esse ponto, é importante visitar um oftalmologista regularmente e seguir suas recomendações.
Dessa forma, mesmo sendo uma doença que não tem cura, ela pode ser controlada e a qualidade de vida do paciente, assegurada.
Agora que você já sabe quais os principais sintomas e causas do glaucoma, além da gravidade dessa doença que pode, até mesmo levar à cegueira, tome a atitude mais recomendada: agende uma consulta com o oftalmologista de sua preferência regularmente.
Afinal, o diagnóstico precoce é a melhor forma de tratamento.
Fontes
OCT em Glaucoma – Academia Americana de Oftalmologia;
Análise Células ganglionares em Glaucoma.
Autor
Dr. André H. Agnoletto
Oftalmologista
CRM-RS: 33745 | RQE: 30028