Quais são as doenças oculares hereditárias?

Tal qual diversos outros tipos de características e doenças que herdamos dos nossos pais através do DNA, também existem algumas doenças oculares que são hereditárias. 

Saber da sua existência, entretanto, já é um bom começo, visto que, dessa forma, desde o nascimento, os pais podem estar atentos a esses sintomas e diagnosticar o caso com brevidade. 

E como nós já sabemos, diagnóstico precoce é igual a mais opções de tratamento e maiores chances de sucesso. 

Confira nossa lista com 6 doenças oculares hereditárias e como é possível identificá-las: 

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1. Catarata congênita

A catarata é o escurecimento do cristalino do olho, que vai se tornando opaco de forma parcial ou total, impedindo a passagem da luz e, consequentemente, causando dificuldades de enxergar. 

Nos pequenos, a doença pode ser percebida de duas formas, quando o olho do bebê já nasce com a lente opaca ou então de forma gradual, no decorrer da infância. 

Em ambos os casos é preciso estar atento a características como dor, vermelhidão, lacrimejamento dos olhos e mudanças na retina dos pequenos. 

Caso algum desses sintomas apareça, consulte o oftalmologista o mais breve possível.  

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2. Ceratocone

A doença é caracterizada pelo formato atípico da córnea, que ganha uma assimetria curvada, lembrando uma bola de futebol americano. 

Geralmente os primeiros sintomas aparecem na puberdade e são: visão embaçada, sensibilidade a luz e dificuldade para ver em ambientes escuros. 

O diagnóstico precoce leva a um tratamento de correção com lentes de contato rígidas e, em geral, tem como resposta uma correção completa, evitando a necessidade de intervenção cirúrgica. 

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3. Daltonismo

Essa é uma condição que pode ser herdada apenas da mãe, pois ocorre pela transmissão de uma lesão no cromossomo X. 

O termo técnico usado para descrever o daltonismo é a discromatopsia e sua limitação está relacionada às três cores básicas: azul, amarelo e vermelho.

Diferente das demais, o daltonismo não é uma doença evolutiva, ela se mantém constante ao longo da vida e não é capaz de desencadear outras doenças oculares. 

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4. Glaucoma congênito

O glaucoma é o aumento da pressão interna do olho, que pode levar a perda gradativa da visão e até mesmo a cegueira. 

Nos bebês, os sintomas mais comuns são: lacrimejamento contínuo, sensibilidade à luz, olhos grandes ou desproporcionais e, em alguns casos, uma coloração azulada e opaca na íris.

Caso alguma dessas características seja percebida, a orientação é procurar um oftalmologista para avaliação e, caso o diagnóstico seja confirmado, elaborar um plano de tratamento. 

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5. Miopia

É a dificuldade de focar em objetos que estão mais distantes dentro do campo de visão. Esse diagnóstico geralmente é percebido no início da vida escolar da criança, quando ela começa a apresentar dificuldades para enxergar o quadro da sala de aula, por exemplo. 

Os sintomas são: visão distorcida e dor de cabeça recorrente pela fadiga ocular em tentar focar nos objetos distantes. 

É possível prevenir seu desenvolvimento com colírio de atropina 0.01%. Já o tratamento é feito através da prescrição de óculos e/ou lentes de contato que corrigem o problema. 

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6. Retinose pigmentar 

É uma doença que afeta a retina, mudando a maneira com esta responde a luz, dificultando o processamento de imagens. 

Os sintomas são dificuldade de visão periférica e noturna, bem como perda de identificação das cores e da visão central. 

As pessoas que apresentam essa condição tendem a perder lentamente a visão ao longo da vida, mas não se tornam totalmente cegas. 

Você tinha ideia de que existiam doenças oculares que podem ser passadas de pai para filho? Agora que você já sabe também deve ter percebido que nunca é cedo demais para começar a frequentar o oftalmologista.

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Autor

Dr. André H. Agnoletto

Oftalmologista

CRM-RS: 33745 | RQE: 30028